Neurologista CRM 770

Doença de Parkinson

Este ano completa-se 203 anos da publicação original, na Inglaterra, em que James Parkinson descreveu um quadro clínico que ele chamou de “ paralisia agitante” (em inglês “the shaking palsy”), porque iniciava com tremor e ia paralisando o corpo com o tempo. Muito tempo depois,  em sua homenagem, a denominação  foi mudada para “ doença de Parkinson”.

Esta doença é de incidência universal, predomina na raça branca, mais comum em homens (3:2). Rara em jovens, começa a aparecer após os 50 anos, tem um píco aos 70 e incide em 3.5% das pessoas acima de 85 anos.

Clinicamente caracteriza-se por tremor de repouso, lentidão de movimentos (bradicinesia), enrijecimento muscular (rigidez) e desequilíbrio. Estas alterações prejudicam quase todas as atividades motoras como a fala, a escrita, a marcha, a postura, a expressão fisionômica. Também há os sintomas não motores descritos em outro texto neste site.

Este conjunto de sinais e sintomas compõem a síndrome parkinsoniana ou parkinsonismo, que pode ser devido a algumas causas como doença vascular cerebral, pós- traumatismo cranioencefálico, por encefalites e também como efeito colateral de medicamentos. Se não tiver nenhuma causa possível é que se faz o diagnóstico de doença de Parkinson.

O que se sabe hoje desta doença é que há diminuição da produção de dopamina por algumas células nervosas do encéfalo (neurônios). Sendo esta substância fundamental para o funcionamento normal do sistema motor, sua diminuição provoca o quadro de tremor, bradicinesia e rigidez.

Uma proteína normal do neurônio, chamada alfa-sinucleina, por motivo ainda não conhecido, aumenta a quantidade, forma grânulos, chamados corpos de Lewy, que prejudicam o funcionamento destas células e, consequentemente, diminuem a produção de dopamina. Os corpos de Lewy tem distribuição ampla no sistema nervoso, mas comprometem mais alguns alvos, principalmente a substância nigra pars compacta, onde estão neurônios dopaminérgicos

O tratamento que hoje existe é a administração de medicamentos que aumentem a quantidade de dopamina. Isto se mostra eficaz, controla os sinais e sintomas e o paciente vive relativamente bem por anos.

Quando a medicação começa a perder efeito, pode-se considerar o tratamento cirúrgico. Os critérios maiores para indicação cirúrgica são: doença durando mais de 5 anos, perda de efeito satisfatório da medicação ou surgimento de efeitos colaterais não tolerados.

O INSTITUTO DE NEUROLOGIA DE GOIÂNIA é um centro de referência nacional para tratamento cirúrgico da doença de Parkinson.

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